Anti Sócrates

segunda-feira, junho 05, 2006

Dia de cão.


Afinal a iniciativa de um grupo de deputados do PSD tinha o seu mérito e revelava um grande sentido de opotunidade de um partido verdadeiramente líder da oposição. Contudo, uma gralha da secretária que passou o texto alterou completamente o significado da proposta que de "Dia de Cão "passou a "Dia do Cão".

E, neste caso, a alteração da preposição fez a diferença. Em vez de um dia consagrado ao melhor amigo do homem a seguir à cerveja, os deputados do PSD pretendiam criar o "Dia de Cão", evocando os pesados sacrifícios que a maioria dos portugueses tem de fazer todos os dias: levantar cedo, comer à pressa, pegar no carro (ainda faltam 123 prestações....), atestar o depósito com 2 euros de gasolina, almoçar num restaurante baratuxo e aproveitar antes que a fiscalização o mande encerrar por falta de higiene. Com sorte, a tarde até é boa, se o chefe for dar uma volta. O regresso a casa, isso é sempre emocionante: buzinadelas, acidentes, manguitos, para se manter acordado ao volante. A noite é sempre excelente, mas só se houver futebol na televisão.

É pena que uma simples gralha tenha transformado uma inicitiva política original numa pura idiotice. É pena.