DECOro, precisa-se!

A Deco, que ainda há dois anos aconselhou os seus associados a investir na Afinsa, propõe-se agora defender os direitos de todos os lesados por aquela empresa. E quem nos defende da Deco?

Para além de faltar o mínimo de bom senso nesta história aos responsáveis da Deco, oferecer serviços na área jurídica configura, só por si, uma violação da lei e uma concorrência desleal em relação aos advogados cujo estatuto os impede de publicitar o seu trabalho.

Sempre desconfiei da Deco. Uma associação que pretende defender os consumidores não pode, por exemplo, utilizar precisamente os mesmos esquemas para angariação de novos sócios daquelas empresas que censura nas suas publicações. Refiro-me à oferta de brindes de qualidade duvidosa para quem se inscrever como sócio ou para quem angariar outros sócios.

No dia em que recebi uma oferta dessas, a minha desconfiança tornou-se irremediável e cancelei a minha inscrição como sócio. Não estou arrependido, nem me considero um consumidor menos avisado por isso. Aliás, se tivesse seguidos os conselhos da Deco, neste momento o meu nome estaria na longa lista dos que se dizem prejudicados pela Afinsa.