Anti Sócrates

quinta-feira, maio 11, 2006

Descarrilou...


Finalmente, Carrilho veio tentar justificar-se da estrondosa derrota nas autárquicas de Lisboa. Sempre esperei uma reacção a quente, logo na noite do rescaldo eleitoral. Teria sido mais autêntica, mais pura. Chegou agora, meio ano depois, recalcada. Sob o signo da verdade, diz ele.

Carrilho assume-se no papel de traído, diz-se vítimia da informação espectáculo, fala em invejas em relação à mulher, conspirações jornalísticas, branqueamento, num sem fim de chorrilhos, amuos, beicinho, próprios de um menino mimado que não estava à espera de ser contrariado.

Mas vamos à verdade: Carrilho foi candidato à força dentro do próprio PS (que queria Ferro Rodrigues e que agora se está a rir, ainda por cima com o tacho que lhe arranjaram), durante meses anunciou nos outdoors que estava a preparar um programa para Lisboa mas não trouxe uma única ideia nova para a capital, fez da política um espectáculo (como o episódio dos camiões do lixo) e pôs o espectáculo da mulher ao serviço da campanha. Depois queixa-se!

Sabe, Dr. Carrilho: o povo é assim - quando não gosta, não gosta mesmo.