O rolha II
Sócrates foi para Angola acompanhado de muitos membros do seu governo e de 70 empresários que representam 1/3 do nosso PIB. Uma visita de um chefe de Governo a outro país deve ser para tratar de política e, obviamente, para tratar de negócios. Parece que não é o caso. A política ficou por cá.
Sócrates encarregou-se logo de dizer que quer transformar Angola num novo Brasil. Não sabemos se é para tornar Angola num novo centro de turismo sexual. Nem sabemos se é pelo facto dos empresários portugueses para investirem terem de soltar chorudas luvas para políticos e "empresários" locais, o que é certo é que Sócrates quer transformar Angola num novo Brasil. José Eduardo dos Santos já foi dizendo que "investimentos, só com parcerias locais". Ou seja, nós damos o dinheiro e eles ficam com ele. Este o conceito de parceria do Zé Eduardo já tem já 25 anos e, pelos vistos, não vai mudar.
Mas o mais perturbante desta visita é verificarmos que Portugal não tem política externa. Depois dos flops dos casos Dinamarca/Irão e Canadá, agora Angola - um silêncio ensurdecedor sobre os direitos humanos e direitos laborais, sobre a corrupção, sobre uma palavra: democracia. Um dos países naturalmente mais ricos do mundo é, efectivamente, um dos países mais pobres com um dos presidentes mais ricos. Eleições é palavra esquecida na República Popular de Angola e Sócrates omitiu-a durante a sua estadia naquele país.
Este pragmatismo capitalista é próprio dos governos de direita. É próprio de um governo de Sócrates.
Sócrates encarregou-se logo de dizer que quer transformar Angola num novo Brasil. Não sabemos se é para tornar Angola num novo centro de turismo sexual. Nem sabemos se é pelo facto dos empresários portugueses para investirem terem de soltar chorudas luvas para políticos e "empresários" locais, o que é certo é que Sócrates quer transformar Angola num novo Brasil. José Eduardo dos Santos já foi dizendo que "investimentos, só com parcerias locais". Ou seja, nós damos o dinheiro e eles ficam com ele. Este o conceito de parceria do Zé Eduardo já tem já 25 anos e, pelos vistos, não vai mudar.
Mas o mais perturbante desta visita é verificarmos que Portugal não tem política externa. Depois dos flops dos casos Dinamarca/Irão e Canadá, agora Angola - um silêncio ensurdecedor sobre os direitos humanos e direitos laborais, sobre a corrupção, sobre uma palavra: democracia. Um dos países naturalmente mais ricos do mundo é, efectivamente, um dos países mais pobres com um dos presidentes mais ricos. Eleições é palavra esquecida na República Popular de Angola e Sócrates omitiu-a durante a sua estadia naquele país.
Este pragmatismo capitalista é próprio dos governos de direita. É próprio de um governo de Sócrates.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home