Anti Sócrates

quinta-feira, março 23, 2006

Ministro da Saúde entrega prémio a Maternidade e a seguir vai mandá-la fechar!!!!


In Correio da Manhã
O ministro da Saúde entregou um prémio ao Serviço de Obstetrícia do Hospital da Figueira da Foz (SOHFF), cujo bloco de partos mandou encerrar. Ou seja, o projecto exemplar vai ficar, no mínimo, amputado.

O SOHFF recebeu o Prémio ‘Hospital do Futuro’, na categoria Educação (ver caixa), com o trabalho ‘Preparação Parental para o Nascimento’, posto em prática há um ano. A distinção foi entregue por Correia de Campos, na segunda-feira, em Lisboa, que elogiou a ideia.

Marina Costa, uma das enfermeiras especialistas em saúde materna e infantil envolvidas na iniciativa afirmou, ontem, estar “triste com o rumo que tudo isto segue”. “Mesmo que o projecto não termine, o encerramento do bloco de partos condiciona o sucesso”. Por outro lado, haverá “uma diminuição do interesse, motivação e desenvolvimento dos profissionais que dão corpo à ideia”.

As enfermeiras estão “tristes” perante o cenário do serviço de obstetrícia sem recém-nascidos. E destacam que a assistência às grávidas que o trabalho premiado preconiza será posta em causa. “Mesmo que se mantenha, como está previsto, o sucesso fica condicionado”, lamentam.

MÃES CHOCADAS

As mães têm opinião semelhante. Ana Moreira, que frequentou o curso de preparação parental, nem quer imaginar como seria a viagem até Coimbra com contracções. “Os 18 minutos que demorei a chegar aqui já me pareceram longos demais.”

Também os pais Sónia e Marco Pedroso elogiam o curso e a tranquilidade que lhes proporcionou. Quanto a uma viagem até Coimbra, Sónia pensa como Ana Moreira. “Não acredito que haja curso ou técnicas de relaxamento que consigam atenuar o stress e a ansiedade que uma mãe vai sentir”.

O projecto de “Preparação Parental para o Nascimento”, que já beneficiou 150 famílias, por exemplo, um curso de preparação para o parto, com aulas teóricas e práticas, e a humanização do processo da gravidez ao pós-parto.

Fernando Regateiro, presidente da ARS do Centro, considera não haver qualquer contradição no facto da distinção acontecer em simultâneo com a decisão de encerrar, a partir de Dezembro, o bloco de partos. “O serviço de obstetrícia e ginecologia mantém-se, o acompanhamento às grávidas também. Só o parto é que passará a fazer-se noutra unidade.”

(Comentários para quê???)

www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=195771&idselect=10&idCanal=10&p=94